sábado, 6 de agosto de 2011

«Pedes-me um tempo, para balanço de vida. Mas eu sou de letras, não me sei dividir. Para mim um balanço é mesmo balançar, balançar até dar balanço e sair.
Pedes-me um sonho, para fazer de chão. Mas eu desses não tenho, só dos de voar.
Agarras a minha mão com a tua mão e prendes-me a dizer que me estás a salvar.
De quê? De viver o perigo.
De quê? De rasgar o peito.
Com o quê? De morrer. Mas de que paixão?
De quê? Se o que mata mais é não ver o que a noite esconde e não ter nem sentir o vento ardente a soprar o coração.
Pedes o mundo dentro das mãos fechadas e o que cabe é pouco mas é tudo o que tens. Esqueces que às vezes quando falha o chão o salto é sem rede e tens de abrir as mãos.
Pedes-me um sonho para juntar os pedaços mas nem tudo o que parte se volta a colar
...
MV

terça-feira, 2 de agosto de 2011


Se eu te prometer, não tens o que temer!
Eu venho de tão longe e procuro há mil anos por ti. Estendo a minha mão até te sentir. Não sabemos nada do que somos nós, mas sabemos tanto do que muda por não estarmos sós. Abraça-me bem! Tu dizes que não há outra forma de ficarmos perto, não há como saber se o caminho é o certo. Só pode voar quem arriscar cair. Só se pode dar quem arriscar sentir. Abraça-me bem!